Eduardo estava lá.
Pálido, com o braço enfaixado, a sonda pendurada e o monitor apitando num ritmo lento. Dormindo. Parecia menor do que eu lembrava. Tão vulnerável… e isso me destruiu.
Entrei quase na ponta dos pés, como se o simples ato de caminhar pudesse feri-lo ainda mais. Cheguei perto da cama… e foi bem na hora que ele abriu os olhos.
Meu coração bateu tão forte que doeu.
Dei um passo para trás na hora, sem saber se ele queria me ver.
Ele não olhou pra mim por uns segundos e então encarou o teto, antes de fechar os olhos com força.
Engoli seco.
— Eu… vou chamar a nossa mãe — murmurei, já virando de costas.
— Lorena.
Sua voz me parou na hora.
O meu nome na boca do meu irmão… depois de tanto tempo… fez tudo dentro de mim tremer.
Virei devagar, e ele já estava me olhando, com um olhar cansado, dolorido, mas presente.
E aí… eu quebrei.
Literalmente.
Meus olhos encheram de lágrimas tão rápido que nem consegui controlar. Dei dois passos, depois mais dois, até ficar bem perto dele