Chegamos à cobertura depois de um trajeto que parecia mais longo do que realmente era. O motorista ajudou a pegar as bolsas, e eu desci primeiro para pegar a muleta no carro. Não queria que Diogo fizesse força nenhuma. Quando ele saiu, estendi a muleta pra ele, segurando firme.
— Aqui, anda devagar — falei, ajeitando a alça no braço dele. — Nada de heroísmo.
— Só por uma semana, né? — ele perguntou, tentando disfarçar o incômodo.
— Só uma semana — confirmei, apoiando a mão nas costas dele. — E sem forçar a perna. Se eu te pegar tentando bancar o durão, eu mesma te amarro na cama.
Ele soltou um risinho, do jeito típico dele.
— Essa parte de ser amarrado… até que não soa tão ruim.
Revirei os olhos, mas não consegui segurar um meio sorriso.
— Para com isso, Montenegro. Anda.
Entramos no elevador e eu fiquei ao lado dele, pronta pra segurar caso ele escorregasse. Ele passou o braço pela minha cintura, me puxando pra perto.
— Você sabe que eu não preciso de babá, né? — ele disse, a voz b