(Alice)
O carro parou na entrada do hospital, e eu senti meu coração bater descompassado. Abri a porta e saí, ajudando Diogo em seguida. O cheiro de hospital me atingiu, misturado com o medo que ainda pulsava no meu peito.
— Alice, você vai primeiro — disse ele, a voz firme e os olhos cheios de preocupação. — Quero que te atendam agora e que vejam como o bebê está.
— Diogo… — comecei, irritada, segurando a mão dele. — Nós estamos bem. O bebê tá bem, eu sinto… Mas você precisa ver sua perna primeiro! Eu vou esperar por você, e depois nós vamos juntos ver como ele tá, entendeu?
Ele franziu o cenho, prestes a protestar, mas eu falei com uma autoridade que nem eu sabia que tinha:
— Diogo, escuta. Eu decido agora, primeiro a perna, depois o bebê. Ponto final.
Ele olhou para mim por um instante, surpreso, e depois sorriu meio sem jeito, assentindo.
— Tá… tá bem — murmurou. — Você manda.
Uma enfermeira nos guiou até uma sala, e eu me sentei, apoiando a mão no rosto, tentando respirar fundo,