O quarto do hotel era confortável, mas impessoal. Sofisticado do jeito que eu costumo escolher, mas nada que me fizesse sentir em casa. Joguei o paletó na poltrona, afrouxei a gravata e me joguei na cama com um suspiro pesado.
O dia tinha sido produtivo, sim, mas bastou fechar os olhos por alguns segundos pra mente começar a girar de novo.
Peguei o celular no criado-mudo e abri o WhatsApp, mandando uma mensagem para Valter.
[Mensagem enviada – 18:37]
Diogo: Chegou em nova Liberdade?
Esperei e enquanto isso, deixei o braço sobre os olhos. Minha cabeça ainda pulsava com o calor do dia e o tudo o que vinha acontecendo.
O celular vibrou pouco depois.
Valter: Ainda não. Te aviso assim que desembarcar.
Assenti sozinho. Tudo bem, pelo menos isso estava no controle.
Meu celular vibrou novamente e quando olhei a tela, o nome apareceu como uma pequena explosão no meu peito:
“Pimentinha”
Sorri. Um sorriso bobo, daqueles que escapam mesmo quando a gente tenta manter o controle.
Toquei na no