Meu coração batia como se quisesse fugir do peito. Eu estava de costas para a pia, e ele estava diante de mim, com seu corpo bloqueando qualquer saída.
— Não podemos fazer isso — eu disse, sentindo minha voz trêmula, enquanto minhas mãos se apoiavam na borda fria da pia de mármore atrás de mim. — É loucura. Aqui… no trabalho…
Ele inclinou a cabeça, o sorriso se tornando algo mais sério e profundo.
— Tudo bem — ele murmurou, sua voz um zumbido baixo que me fez estremecer. — Eu não vou te beijar, então.
Os olhos dele disseram o contrário. Eles me despiram ali mesmo, prometeram coisas que faziam meu corpo trair minha razão.
Aquele jogo, aquela resistência fingida, era combustível. O ar entre nós ficou carregado, pesado com tudo que não era dito, que tínhamos feito e queríamos fazer de novo.
Olhei para ele, para a sua boca e a intensidade crua naquele olhar que não pedia permissão, mas exigia a verdade. E eu estava cansada de fingir.
Com um suspiro que era rendição, entrega e desejo pur