A mensagem de Kaio ainda estava na tela do meu celular quando o sol começou a nascer.
“Isa, preciso te ver amanhã. Só nós dois.”
Fiquei olhando para aquelas palavras durante minutos, sem saber o que responder. Parte de mim queria dizer sim — correr até ele e pedir que dissesse tudo o que vinha engasgando há tanto tempo. Mas outra parte, mais orgulhosa e cansada, me dizia que não era o momento. Não depois de tudo o que ele fez, de todos os sinais trocados e mal interpretados.
Acabei digitando:
“Não posso. Já vamos nos ver no cinema com o pessoal.”
Foi o jeito mais educado que encontrei de dizer “não”.
O resto da noite foi um tormento. Eu pensava no que poderia ter acontecido se tivesse aceitado. Imaginava o que ele queria tanto me dizer. Mas o que mais doía era imaginar que talvez, dessa vez, ele estivesse realmente disposto a abrir o coração — e eu o impedi.
No dia seguinte, me arrumei com o coração inquieto. Renata me esperava no portão, animada, como se aquele passeio f