(Ponto de Vista de Sarah)
Houve momentos em que precisei encarar a realidade e simplesmente deixar de insistir em quem não valia meu tempo.
Eu não me importava de sacrificar meu tempo para tentar fazer um relacionamento funcionar, contudo, no fim das contas, era necessário que existissem resultados positivos. Tal como Adrian, eu também tinha direito a uma vida estável, mas ele insistia em me cobrar perfeição, enquanto apontava cada um dos meus defeitos e esperava, injustamente, que eu fingisse não notar os dele.
Gota a gota, o desgaste lento e constante foi consumindo minha autoestima, como um veneno silencioso que infiltrava minha confiança, e, por meses, vivi pisando em ovos, tentando prever os humores dele, decifrar suas exigências veladas: uma rotina que, além de tudo, me deixava profundamente exausta.
Já haviam se passado cinco dias desde que voltei para a casa da minha mãe e, ao contrário do que acontecia naqueles romances clichês, eu não me tranquei no quarto para chorar pelo ca