(Ponto de Vista de Adrian)
— Faça o que quiser, mas lembre-se: quando ele terminar de te usar, ele vai te deixar, Sarah, e eu jamais voltarei a aceitar uma mulher usada como você na minha vida.
Essas palavras saíram dos meus lábios como veneno, carregadas de raiva e amargura, sendo que cada sílaba atingiu com precisão cruel, pois, mesmo dizendo aquilo, uma parte de mim se encolheu diante da própria dureza, percebendo o quanto aquilo a feria, mas, ao mesmo tempo, a outra parte… Completamente dominada pela raiva e pelo ciúme, simplesmente não se importou.
Sem trocar mais nenhuma palavra, saí da casa apressado, batendo a porta com tanta força que as paredes chegaram a tremer, já que meu coração martelava violentamente no peito e meu ar vinha em golfadas irregulares, enquanto eu lutava para conter aquela avalanche de emoções que ameaçava me afogar por dentro.
"Sarah. Minha Sarah. Minha esposa!"
Ela permaneceu ali, imóvel, apenas me observando partir, trazendo no olhar uma expressão impossí