Como todas as noites, ele servia o prato de Alice. Nessa noite, fiz lasanha porque ela amava, e Alice pareceu muito interessada em comer a massa com a mão, mesmo o pai lhe dizendo para usar o garfo.
— Tata, eu posso? — Alice o ignorou, me encarando, esperando que eu a autorizasse a usar os dedos.
Olhei para Levi, envergonhada porque a filha estava tentando tirar a autoridade dele e passar para mim.
— Se seu pai deixar... — murmurei, porque não sabia o que dizer.
— Bom, acho que não tem problema — ele deu de ombros, e então deu uma garfada.
O gemido que escapou dos seus lábios diante do sabor do alimento me lembrou aos sons que ele exalou na noite passada.
— Como você cozinha bem, Atalia...
— Obrigada, senhor — disse, no automático, esquecendo-me temporariamente de que não devia usar esse pronome.
Ele não me repreendeu, mas o olhar que ele me deu queimou mil fagulhas no meu corpo. Ainda assim, comemos em silêncio, até Alice ficar cheia e resvalar da cadeira com seu copinho plástico e i