Eu virei rapidamente e vi o meu marido com os braços cruzados e o olhar reprovador.
      Eu sacudi as mãos de Arthur que seguravam as minhas e saí correndo na sua direção.
      Cheguei perto dele esbaforida. Nem me lembrei de colocar o camisão.
       Romeu me olhou irritado.
  — O que está acontecendo? Eu sou algum idiota, por acaso?
       Eu meneei a cabeça, nervosa.
  — Não, claro que não! Não estávamos fazendo nada demais, eu juro!
      Arthur levantou-se suspirando aborrecido e veio em nossa direção.
      Romeu ficou o encarando, até ele chegar falando:
  — Não aconteceu nada demais, pai, o senhor viu com os seus próprios olhos, só estávamos conversando!
  — De mãos dadas?
       Arthur gesticulou vagamente.
  — Como o senhor pôde ver, foi só isso. Era uma conversa delicada, sem qualquer pretensão.
      Romeu me olhou desconfiado, depois ordenou seco:
  — Vista-se!
      Eu voltei correndo para a mesa e vesti o camisão. Os dois ficaram se encarando, falando com o