Entre Promessas e Silêncios
A brisa da manhã acariciava os cabelos de Lara enquanto ela observava Gabriel correndo pelo gramado da fazenda, a bola escapando de seus pés pequenos, o riso leve rompendo o silêncio dos dias cinzentos.
Era como se o tempo tivesse parado, permitindo que mãe e filho vivessem enfim o que lhes fora roubado: A simplicidade do cotidiano, o aconchego da presença.
Lara preparava o café da manhã na varanda, os olhos ainda marejados de emoção.
A Cada pequeno gesto de Gabriel o jeito como chamava pelos patos, a maneira como olhava curioso as flores do jardim parecia uma vitória. Ainda havia cicatrizes, ela sabia, mas o amor cuidaria de cada uma.
Artur aparecia todas as manhãs. Auxiliava com os cuidados da casa, trazia jornais, frutas frescas, e o habitual olhar protetor.
Ele e Gabriel estavam próximos quase cúmplices o que fazia o coração de Lara se aquecer. Ela queria confiar. Precisava confiar. Afinal, Artur fora o apoio mais firme no momento mais frág