Ethan abriu a boca, fechou, abriu de novo, piscou algumas vezes, como se tentasse processar a cena diante dele. Finalmente, soltou um sussurro rouco:
— Como isso é possível? Então ela é? Nossa, mas como?
Antes que eu pudesse sequer tentar formular uma resposta decente, Laila estreitou os olhos e repetiu, dessa vez com mais impaciência:
— Alôo? Alguém vai me responder quem é essa garota?
Ayla, sem perder tempo, tomou a frente e estendeu a mão, sua expressão mais desafiadora do que educada.
— Eu sou Ayla.
Laila cruzou os braços, olhando-a de cima a baixo, como se tentasse decifrar um enigma.
— Eu sou Laila.
O silêncio que se seguiu foi sufocante. Um tipo de silêncio que antecede uma explosão. Ayla virou a cabeça lentamente para mim, seus olhos cravados nos meus, exigindo uma resposta. Eu sabia o que ela queria perguntar. O que ela já suspeitava. Eu podia ver o desmoronamento se formando em seus pensamentos.
— Ela é...?
Ayla começou, mas eu me antecipei, cortando qual