O céu ainda era um pano escuro salpicado de cinza quando Duncan deixou o hotel pela porta dos fundos. As botas pisaram firme na terra batida, mas a cabeça... ficou no quarto.
Melody dormia.
Ou, pelo menos, dormia quando ele saiu. O lençol ainda estava entre eles. As mãos... ainda entrelaçadas.
Mas agora era dia de cuidar de gado — e fingir que a ternura da madrugada não existia.
Atravessou a rua em silêncio, passou pelos fundos do hotel e seguiu em direção ao cercado principal. O gado dormia em pé, os corpos imóveis como pedras vivas, o vapor da respiração subindo em nuvens baixas.
Do outro lado da cerca, Cal empurrava um carrinho de mão carregado de cilagem. Ao lado dele, Peter auxiliava com ritmo lento, mas constante. Ambos distribuíam os blocos entre os cochos com precisão. Nenhum gesto desperdiçado.
Duncan parou por um instante, observando.
Alguns dos outros vaqueiros — mais jovens ou menos atentos — estavam encostados nos mourões, com as mãos nos bolsos e o olhar enviesado. Viam