242. Sangue e Gelo
HAKON
Caminhamos com tochas pelas margens de uma lagoa estagnada e de águas turvas nesta pequena ilha. Diante dos meus olhos, a enorme e estreita gruta que leva à caverna subterrânea.
— Fiquem aqui fora como sempre. Qualquer coisa, fiquem prontos e alertas — ordeno aos vinte guerreiros, que assentem e formam uma linha de defesa voltada para a caverna.
Aqui, não se trata de se proteger do que pode entrar, mas do que pode sair.
Apenas Carlisse e eu nos aventuramos naquele lugar escuro, úmido e sufocante.
O ar é pesado e difícil de respirar.
Nos movemos em silêncio e com pressa até chegar a uma galeria mais ampla, que se divide em duas cavernas escuras como bocas de lobo.
Sigo para a direita sem hesitar e, um pouco mais adiante, eu a vejo.
Uma enorme parede de gelo espesso no fundo da gruta, um escudo que nos protege do que está além.
— Carlisse, porra... isso está pior do que nunca. Por que demorou tanto pra me avisar? — olho preocupado para as rachaduras profundas no gelo, que está se