199. PLANO FRACASSADO
NARRADORA
— É muito longe? Eu não posso ir tão longe do palácio pra brincar… — Aidan, apesar de sua inocência, era uma criança muito inteligente.
Eles já tinham caminhado um bom trecho, quase correndo, pela floresta que cercava o palácio, e ainda estavam dentro das muralhas.
A criada se dirigia à passagem fechada das montanhas, atrás do castelo, onde havia uma trilha secreta e passava um riacho.
Lá, uma pequena embarcação previamente preparada a aguardava, e ela pretendia fugir levando consigo aquele valioso refém.
Tinham prometido muito ouro por essa missão — e ela não hesitou em aceitar.
— Já estamos chegando, moleque… anda logo! — apertou a mão do filhote com força, machucando-o, e o arrastou aos trancos e barrancos até o riacho, que já podia ser ouvido ao longe.
— Me solta, minha mão tá doendo! — Aidan começou a se debater de repente.
— Não quero mais ir! Não quero doce nenhum! Me solta!
— Já falei que estamos chegando! Para de ser mimado e malcriado! — ela o puxou com raiva.
Odia