200. A MALDIÇÃO DAS CENTURIAS
NARRADORA
Mas, apesar da hierarquia e do comando da Voz, entre os lobisomens, o livre-arbítrio e a resistência sempre foram uma opção.
Só que corria-se o risco de acabar com a mente despedaçada no processo.
— Eu… — Hortensa lutava com tudo o que tinha para não confessar.
Um fio de sangue escorreu pelo canto de seus olhos, resultado da resistência do seu corpo à compulsão cruel.
Anastasia não estava demonstrando nenhuma piedade.
— Fala agora ou eu vou começar a cortar cada membro do seu corpo até você confessar! FALA DE UMA MALDITA VEZ!!
Ela a obrigou com tudo, e sua loba de fogo saiu de seu corpo, rosnando no rosto de Hortensa, que quase desmaiou de susto.
— O… o Alfa Theodor… — ela confessou por fim, tremendo e gaguejando.
— Quando fui até a vila, ele me procurou e me ofereceu dinheiro pra tirar o pirralho escondido.
— Por onde você o levaria? Qual era a rota? Há mais espiões no palácio? — Anastasia, de pé à sua frente, continuava o interrogatório.
A Beta era uma mulher corpulenta e