A brisa noturna parecia sussurrar ao redor de Sarah, mas seu foco estava em Dário, que ainda mantinha a cabeça apoiada em sua mão. Ela podia sentir o calor do corpo do lobo, a pulsação da vida que corria sob sua pele. Algo em seu interior começava a se alinhar com aquele momento, como se tudo estivesse finalmente se encaixando, mesmo que ela não soubesse como ou por quê.
O silêncio se estendeu entre eles, mas era diferente do que ela esperava. Não era um silêncio desconfortável; era como se o próprio ar ao redor deles estivesse cheio de promessas não ditas, de algo que estava prestes a acontecer, algo grande, algo inevitável.
Sarah (olhando para o lobo com um sorriso hesitante): — E se eu não for capaz? E se eu não conseguir… ser quem você acha que eu sou?
Dário se levantou, ainda em sua forma de lobo, mas ele parecia mais imponente agora, como se as palavras dela o tocassem profundamente. Ele se virou para encarar a clareira ao redor, os olhos dourados brilhando sob a luz da lua. Dep