Mais tarde, ainda inquieta, procurei por Nyra. Encontrei-a sentada perto da fogueira apagada, contemplando o céu.
— Não consegue dormir? — ela perguntou sem desviar o olhar das estrelas.
Suspirei e sentei-me ao lado dela.
— Não. Tem algo que eu preciso perguntar… mas é um pouco embaraçoso.
Nyra sorriu levemente, virando-se para me encarar.
— Pode perguntar, Sarah. Nada que envolva a vida de uma luna deveria ser motivo de vergonha.
Mordi o lábio, hesitante, mas então soltei as palavras de uma vez:
— Como é… estar com alguém? No sentido íntimo. Eu nunca… nunca fiz isso antes. E agora, com Dário, eu sinto que deveria saber, mas ao mesmo tempo, tenho medo. É diferente estar com um lobo?
Ela ergueu uma sobrancelha e depois soltou uma risada baixa.
— Ah, Sarah… — Nyra pousou uma mão sobre o meu ombro. — Não há vergonha em não saber. E não há certo ou errado nesse caminho. Cada um descobre isso no seu próprio tempo.
Desviei o olhar para o chão, mexendo nos próprios dedos.
— Mas… eu quero ent