A floresta parecia diferente agora. Eu permanecia ali, sozinha, mas não sentia medo. O vento ainda soprava entre as árvores, mas não carregava mais aquele peso de incerteza. Em vez disso, era como um sussurro, como se a própria floresta estivesse reconhecendo quem eu realmente era. Pela primeira vez, eu sentia uma verdadeira paz dentro de mim.
Fechei os olhos por um momento, permitindo-me absorver aquela sensação. O som das folhas ao vento, o farfalhar dos pequenos animais na vegetação, tudo parecia mais claro, mais nítido. Meu coração batia em sintonia com o ambiente ao meu redor. Eu não era mais uma estrangeira naquela terra; eu pertencia ali.
Foi então que senti uma presença. Um movimento sutil entre as sombras das árvores. Abri os olhos devagar e vi, entre os troncos, um par de olhos brilhantes me observando. A silhueta de um lobo emergiu da escuridão, movendo-se com uma graça silenciosa. Mas algo naquele animal era diferente. Não havia ameaça em sua postura, nem receio. Apenas cu