LUNA
A Insolente e o Velho Lobo
O sol mal tinha se erguido no horizonte quando a casa de Arturo e Guadalupe Hernández começou a ganhar vida novamente.
Depois da noite
intensa de revelações, confrontos e vingança, agora era hora de algo que parecia quase surreal:
Descanso.
Mas Arturo, com sua postura sempre imponente e olhar calculista, não parecia um homem que conhecia esse conceito.
Ele estava sentado na varanda, charuto entre os dedos, observando o grupo que se espalhava pelo pátio como se fossem crianças após um longo dia de travessuras.
Luna, encostada na pilastra ao lado dele, cruzou os braços e o encarou de soslaio.
— Você está estranhamente calado, Arturo. Está chocado com a minha glória? — Ela provocou, o sorriso brincando nos lábios.
Arturo soltou uma risada seca, balançando a cabeça.
— Insolente como sempre. Você acha que essa foi a sua glória? — Ele ergueu uma sobrancelha, soltando uma baforada de fumaça. — Isso foi apenas um trabalho bem-feito. Mas confesso que, se co