CAPÍTULO 112 O JULGAMENTO DOS TRAIDORES

O Julgamento dos Traidores

Mateus

A escuridão do porão da máfia mexicana sempre teve um cheiro característico: umidade, ferrugem e sangue seco. O silêncio aqui é diferente. Ele pesa, gruda na pele, pressiona o peito como um aviso de que ninguém que entra sai da mesma forma.

Descemos as escadas lentamente. Arturo caminha à frente, seus passos firmes ecoando pelo chão de concreto. Ele não fala, mas a raiva contida em seu corpo diz tudo. Suas mãos estão cerradas, os ombros tensos, cada músculo rígido como se estivesse segurando o impulso de avançar sobre aqueles que o traíram.

Jonh, Théo e eu o seguimos em silêncio, cada um imerso em seus próprios pensamentos. Mas no fundo, todos sabemos o que vai acontecer. Não há espaço para misericórdia. Ramón Ortega e Alejandro Montoya traíram nosso sangue. Agora, pagarão por isso.

As luzes piscam quando entramos no corredor de aço. As portas reforçadas de cada cela estão alinhadas como túmulos esperando seus ocupantes. Arturo para diante da última
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