Joana
O Caos
O primeiro grito rasga o ar.
Um dos conselheiros solta a taça e leva as mãos à garganta. Seu corpo treme, os olhos reviram.
Outro cambaleia, tentando falar, mas sua voz é engolida pelo nada.
O salão mergulha no caos.
Cadeiras são derrubadas. Taças caem e se estilhaçam no mármore. Homens poderosos, temidos no submundo, agora lutam por ar, suas bocas se contorcendo em espasmos involuntários.
Da minha posição, observo tudo.
Os sintomas surgem rápido. Paralisia. Arritmia. O veneno age cortando os sinais nervosos. Seus corpos falham, um a um.
Luna não se move. Seu olhar está cravado em La Reina, que recua, pálida, trêmula.
— Maldita… — ela sussurra, a voz falha.
Guadalupe sorri.
— Gostaria de um gole, minha querida?
La Reina avança, mas suas pernas fraquejam. Seu desespero é palpável. Ela se vira para os poucos que ainda não caíram, mas ninguém pode ajudá-la.
— O que você fez?! — sua voz vem carregada de fúria e medo.
— O que você fez primeiro. — Luna responde, sua voz fria co