Dandara não teve tempo de responder o comentário ambíguo de Paco, mesmo que ela já soubesse a resposta. Paco jamais teria vindo de um lugar como aquele, pois o conhecia desde a infância, assim como sabia que o nome da sua família valia ouro, mesmo de gerações atrás.
Paco havia acabado de relatar todos os privilégios que Dandara carregava ao ter nascido em uma família rica, esquecendo-se de citar de suas próprias regalias ao nascer em um berço de ouro.
— Ambos sabemos que... — Dandara tentou falar, no entanto foi interrompida.
Um barulho alto surgiu na janela do carro, um estrondo que a fez pular no assento, assustada e nervosa sobre o que aquilo poderia ser, principalmente em um local como aquele no meio da noite. Paco estava alheio aquela reação, porque ele sorria.
— O que está fazendo? — Dandara arfou quando o viu descer o vidro da janela e começou a abrir a porta do carro.
Naquele momento, Dandara pensou que iria morrer pela segunda vez, no entanto, todo o seu receio foi