— Senhor Omar... me desculpa. Me desculpa mesmo... — A voz de Daphne saiu trêmula, carregada de culpa. — Eu não queria que isso tivesse acontecido. A culpa foi toda minha. Eu estraguei tudo...
Ainda de cabelos molhados e com as bochechas coradas de vergonha, ela tentava secar os fios com uma toalha qualquer, enquanto vestia um dos vestidos da modelo que encontrou pendurado ali por perto. Mais tarde devolveria, claro. Mas agora, a última coisa em que pensava era na roupa ou na aparência. Nem mesmo os cachos que insistiam em voltar com a umidade a preocupavam. Só conseguia pensar nele. No chefe. No olhar dele. No que ele estaria pensando.
E, mais do que isso… por algum motivo que ela ainda não entendia, se importava demais com o que ele pensava.
— Eu sou estabanada... Eu sei... — continuou, nervosa, torcendo os dedos. — Me desculpa... Juro que nunca mais vai acontecer... Nunca mais!
Do outro lado da varanda, Omar também terminava de se enxugar, mesmo ainda com a roupa molhada grudando n