Capítulo vinte e seis

“Tudo o que a gente sofre, num abraço se dissolve”.

Jota Quest.

O prédio era até que bonito: azul e branco. Meio velho, meio acabado, mas era bonito.

Estacionamos a van, nos registramos, e cada um foi para o quarto.

Entrei, coloquei minhas coisas junto com as da Beatriz, na cama, e ela foi direto para o banheiro. Deitei, e como de costume, coloquei as mãos atrás da cabeça e fitei o teto. Uma onda de coisas boas passou por mim. Ela e eu juntos num quarto de hotel... Sorri. As borboletas se agitaram, então pensei nas coisas, no que eu faria dali em diante, pensei na minha mãe, e inevitavelmente na doença, nessa maldita doença, a qual eu ainda não compreendia... Uma lágrima teimosa nasceu em meu olhar e escorreu pelo meu rosto, mas logo tratei de limpá-la. Não queria que Beatriz visse.<

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