Rosemary
— Eu vou chamar a polícia.
— Nem pense nisso, velha, eu não estou brincando.
Diz, apontando a arma para Fafá.
— Não acredito que vai ter coragem de atirar na sua própria filha. Já não basta ter desprezado ela a vida inteira?
O olhar de Raquel é perturbado, ela está fora de si!
— Por sua causa o meu marido foi assassinado!
— Você sabe muito bem que o seu marido era um monstro! Um estuprador nojento.
— Cala essa boca, vadia.
Raquel mira a arma em um vaso e aperta o gatilho.
O som do disparo é extremamente barulhento.
O vaso se quebra em vários pedaços.
— MEU PAULO ERA UM BOM HOMEM!
— Raquel, por favor, volte à razão, não destrua a sua vida por causa daquele homem.
— Aquele homem era o meu mundo! Sem ele a minha existência não faz sentido. Eu deveria ter jogado você no lixo, vagabunda. Eu odeio ser a sua mãe, odeio.
— Eu também odeio ser sua filha! A minha mãe é a Fafá.
Digo, abraçando Fátima.
Raquel nos encara por longos segundos e abaixa a arma.
— Não consigo