Gabriel ficou parado, sozinho na calçada, o eco do beijo ainda vivo em seus lábios, o desejo estampado em seu rosto. Ele não a seguiu, respeitando o espaço que ela precisava, mas seus olhos permaneceram fixos na porta, até que ela desaparecesse.
Elana encostou-se à porta da casa, o coração ainda disparado, o som dos próprios saltos ecoando em sua mente como um lembrete da fuga apressada. Seus lábios ainda formigavam, carregando o sabor dele, uma mistura de champanhe e algo mais profundo, algo que remontava às tardes de adolescência, quando o amor entre eles era apenas um segredo. Ela deslizou lentamente até o chão, o vestido verde-esmeralda amassando-se contra a madeira, e enterrou o rosto nas mãos, tentando recuperar o fôlego.
— Como eu deixei isso acontecer? — sussurrou para si mesma, a voz trêmula, quase engolida pelo silêncio.
Um som leve de passos no corredor a fez erguer a cabeça, e Isabella apareceu, ainda no vestido vermelho que reluzia sob a luz fraca. Ela segurava um copo