A empolgação de Giana evaporou como se alguém tivesse apagado uma luz. Ela o encarou, surpresa, o celular ainda na mão, mas agora esquecido, a tela escurecendo automaticamente. Seus olhos, que momentos antes brilhavam com a animação fútil dos sapatos, agora carregavam um misto de cautela e culpa.
— O quê? — perguntou ela, a voz mais aguda, como se estivesse ganhando tempo. — Que mulher? Do que você está falando?
Gabriel sustentou o olhar dela. Ele notou o leve franzir de cenho, o jeito como ela cruzou os braços, quase instintivamente, como se quisesse se proteger.
— A Elana viu você na cafeteria. — disse ele, mantendo o tom calmo, mas firme. — Outro dia. Você estava com uma mulher. Quem era?
Giana piscou. Ela desviou o olhar por um instante, fixando-se em algum ponto do tapete, antes de voltar a encará-lo.
— Sério, Gabriel? — disse ela, o tom agora com uma ponta de sarcasmo. — Você está me interrogando por causa de algo que uma autora disse? Não acredito que você está dando tre