— Você é um idiota. — Elana resmungou, ajoelhando-se à sua frente com um punhado de lenços de papel nas mãos.
— Você já disse isso umas três vezes. — Ele murmurou, fechando os olhos quando ela pressionou o papel contra o ferimento.
— E direi quantas vezes for necessário. Por que você não simplesmente foi embora, Gabriel? Por que teve que revidar?
Ele abriu os olhos e olhou para ela, sua expressão séria.
— Porque eu não sou do tipo que abaixa a cabeça.
Elana bufou, balançando a cabeça enquanto continuava limpando o sangue.
— E agora está aqui, sangrando. Parabéns.
— Você está cuidando de mim, não está? — Ele arqueou uma sobrancelha, um sorriso brincando em seus lábios.
Elana sentiu o rosto esquentar, mas revirou os olhos para disfarçar.
— Não se acostume.
Ela se lembrava daquele momento com uma nitidez absurda. Lembrava-se do calor da pele dele sob seus dedos, do cheiro amadeirado que sempre parecia envolvê-lo.
E agora, anos depois, estava ali, no mesmo lugar, com ele a pouc