Gabriel franziu a testa, confuso.
— Mas… por quê?
Ela passou as mãos pelo rosto úmido, sentindo o peito arder.
— Para que minha mãe não nos encontrasse. — Sua voz quebrou, e ela engoliu em seco antes de continuar. — Ela… ela era violenta com meu pai. E quando percebeu que eu começava a ver quem ela realmente era, virou contra mim também.
Gabriel ficou em silêncio, os olhos arregalados, absorvendo aquela confissão.
— Um dia, ela disse que, se eu ficasse do lado do meu pai, ela acabaria comigo. — Elana fechou os olhos, tremendo ao lembrar. — Meu pai acreditou nela. Ele sempre teve medo do que ela poderia fazer. Então fugimos.
Um soluço escapou, e Gabriel deu um passo à frente, hesitante, como se quisesse tocá-la, mas sem saber se deveria.
— Elana… — ele murmurou, e ela percebeu que a frieza em sua voz tinha desaparecido.
Ela balançou a cabeça, as lágrimas rolando livremente agora.
— Eu queria te dizer… queria te explicar, mas não podia. Eu era só uma garota de quinze anos sendo