As palavras pairaram entre eles, parecendo dissolver o abismo que os separava. Elana piscou, as lágrimas que ela tentava conter finalmente escorrendo, brilhando à luz suave da sala. O manuscrito na mesa, com suas páginas desarrumadas, parecia um testemunho silencioso do que os unira novamente; as palavras, as histórias, o amor que resistia ao tempo. Gabriel deu outro passo, agora tão próximo que podia sentir o calor dela, o leve tremor em sua respiração.
— Elana... — murmurou ele, a voz um sussurro rouco, cheio de emoção. — Eu quero você. Eu te amo. Sempre amei. Desde aqueles dias na escola, desde a cabana, até agora. E se você me deixar, eu vou passar cada dia te mostrando que esse amor é real, que ele aguenta qualquer silêncio, qualquer distância.
Elana ergueu os olhos para ele, o coração exposto em seu olhar.
— Eu nunca parei de te amar... — disse ela, com a voz tremula. — E isso me assusta, porque não sei se consigo suportar te perder de novo.
Gabriel cobriu as mãos dela com a