Vitor percebeu a mudança repentina de Agatha. Ela estava imóvel, como se o tempo tivesse parado ao seu redor. Seus olhos, antes vivos, agora pareciam perdidos em um mar de inquietação. Ele olhou para o telefone em sua mão e depois para Agatha, tentando decifrar o que estava acontecendo.
Nesse momento, com mãos trêmulas, Agatha levou o aparelho até o ouvido. O silêncio entre os dois era quase ensurdecedor.
— Alô... quem é? — Sua voz saiu trêmula, quase como um sussurro, carregada de medo e incerteza.
Do outro lado da linha, uma voz ecoou, rouca e urgente:
— Alô, Agatha? É você?
O sotaque era estranho, talvez estrangeiro, mas o tom era de alguém desesperado, como se estivesse fugindo de algo — ou de alguém.
Agatha olhou para Vitor com um olhar confuso, os olhos arregalados e cheios de desespero. Era como se ela estivesse tentando encontrar respostas no rosto dele, mas só encontrasse mais perguntas.
— Sim... sou eu. Você pode me falar o seu nome?
Ela apertou o telefone com mais força, co