— Simmm. — respondeu a pequena, com um sorriso que parecia iluminar a tarde, os olhos semicerrados de alegria e os pés dançando levemente no chão. — Você me disse que iria comprar chocolate e balões.

— Isso mesmo minha pequena. — falou Vitor, seu sotaque baixo e cheio de amor.

Agatha, ao lado, permanecia em silêncio. Mas seu olhar dizia tudo. Ela observava com um sorriso doce nos lábios, como quem contempla uma pintura viva. Seus braços cruzados repousavam sobre o peito, e o coração batia em ritmo suave, embalado pela cena diante dela. Era como se não quisesse interferir naquele momento mágico entre pai e filha — um instante tão puro que parecia suspenso no tempo, como uma fotografia emoldurada pela luz dourada do entardecer.

Ao entrarem na loja, o tilintar dos sinos na porta soou como um convite à esperança. Flor Bela correu até os balões, os olhos brilhando como estrelas recém-nascidas. Vitor a seguiu com passos lentos, como quem pisa em um território sagrado. Ele se abaixou novam