Rangel passou as mãos pelos cabelos, visivelmente perdido, sem saber como reverter a situação.
— Tay… fica pelo menos essa noite. Eu não quero brigar.
Sua voz soava quase como um pedido, um último esforço para segurá-la ali.
— Eu comprei tantas coisas, não sei nem o que fazer com isso agora.
Tayanara respirou fundo, mas sua expressão continuava firme, decidida..
— Eu não quero nada.
Sem dar mais espaço para discussão, ela ajeitou a bolsa no ombro e se virou, caminhando para fora da casa.
Cada passo era um esforço, ela ainda sentia dor intensa, o corpo exausto, mas sua determinação era maior que qualquer desconforto físico.
Rangel a observou, inquieto, sentindo como se estivesse vendo algo escapar de suas mãos sem poder impedir.
O Uber já esperava do lado de fora, e Tayanara usou o que restava de sua dignidade para caminhar até o carro, segurando Dante no colo.
Cada passo era um sacrifício. A dor da cirurgia latejava, se espalhava pelo corpo, mas ela se recusava a parar.
Rangel ficou n