Allister escuta o barulho de um carro se aproximando. Ele põe a camisa sobre o ombro e se esconde, olhando pela fresta da cortina. Quando reconhece o carro de Saulo, respira aliviado e abre a porta assim que o amigo estaciona em frente à casa.
- Está tudo bem? Está muito ferido? _ pergunta Saulo, ao sair do carro.
- Não, estou bem. Pode ficar tranquilo. Como ela está? _ Allister se aproxima do veículo.
- Dormiu o caminho todo... Quando devo dizer a ela que você está vivo e bem?
Allister é pego de surpresa com a pergunta e encara o amigo em silêncio.
- Eu não sei... Talvez seja melhor ela pensar que eu morri. Pelo menos por um tempo.
- Melhor pra quem? _ Saulo rebate, cruzando os braços. - A coitada está sofrendo muito. Você tem sido o amparo dela esse tempo todo... Acha mesmo que ela não criou sentimentos por você?
As palavras do amigo o atingem em cheio, mas Allister permanece calado. Ele pega Lavínia no colo e a leva até o primeiro quarto da pequena casa de madeira que Saulo havia c