Dmitry
Algum tempo depois, despertei. Abri meus olhos e o vi no volante, dirigindo atento. Analisei bem o carro, era típico de mafiosos: luxuoso, rápido, vidros escurecidos e eu poderia jurar que ele era blindado até nas rodas. Com certeza estávamos no carro dos inimigos, até onde isso seria um problema eu não sei.
— A bela adormecida acordou. – Falou ele. – Dormiu metade do caminho.
Já havia amanhecido, e a paisagem já estava bem diferente, mais movimentada. Deveríamos estar em uma estrada importante que no momento não estava reconhecendo.
— Pare de gracinha e comece a falar. Por que sumiu?
Ele suspirou e manteve seus olhos fixos na estrada. A barba antes inexistente cobria parte de seu rosto, ele estava bem diferente.
— Meu pai sempre foi ambicioso, sempre quis poder e estava insatisfeito. Eu era o oposto, nunca quis saber de máfia, de poder, nada disso. Você sabe, cara. A gente é amigo desde moleque.
— Eu sei. – Concordei. Era verdade. Me lembro bem que ele reclamava o tempo todo q