Maia
— Ele sabe o que faz, Maia. – Declarou Mikhail quando eu olhei incrédula para meu sogro. Tinha se passado uma semana, hoje era véspera de ano novo e Dmitry ainda não tinha voltado e meu sogro suspendeu as buscas.
— Ele é seu filho! – Gritei exaltando-me. A vontade era de acertar um tapa na cara de Aleksei que se voltou para mim após meu grito.
— Não preciso que me lembre disso. – Disse frio. O som da sua voz me dava nojo, mas seus olhos, tão parecidos com os do filho, me fazia arrepiar.
— Não parece. – Eu estava chorando. As lágrimas molhavam o meu rosto já vermelhos pela discussão. – Como você abandona as buscas do seu próprio filho?
— Uma semana, Maia. – Foi Mikhail que falou. – Se ele ainda estiver vivo é um milagre!
— Ele está vivo, eu sei, eu sinto!
— Você o ama, é normal que se sinta assim. Mas lembre-se que carrega o filho dele, não pode se alterar. – Ele disse devagar para que eu o entendesse.
Mikhail estava sendo um cara muito legal comigo. Nestes últimos dias em que meu