LAURA STRONDDA CARUSO
Perdi as contas de tantas vezes que precisei explicar para o Alex que não estou doente desde ontem, “estou grávida”. Veio da Rússia até a Itália tentando me convencer, só fiz cara de paisagem pra ele.
Hoje ele parece mais obstinado a me impedir de sair, já que chegamos em casa e recebemos o aviso que cuidaríamos de alguns babacas aqui de Roma.
— Laura, você pretende me matar? Ou terei que te prender nesse quarto até nosso filho nascer? — Alex questionou, já segurando as algemas que pretendia usar em mim para que eu não saísse nessa noite fria e perigosa aos olhos dele.
— Bom, matar é sempre mais interessante, mas não é você quem será morto hoje! — zombei, e habilidosamente o provoquei com um beijo curto.
Aproximei-me de Alex, sentindo o calor do corpo dele contrastar com o ar frio que vinha da janela. Olhei nos olhos dele, aquele tom de gelo que parecia derreter só para mim, e passei as mãos pelo seu peito, como se estivesse tentando acalmá-lo.
— Não sej