LAURA STRONDDA
Um ano depois, o Natal chegou novamente, e nossa casa estava cheia do mesmo espírito caloroso, mas com um toque especial. Júlia, agora com um ano, havia sido o centro de todas as atenções o dia inteiro. Sua energia parecia infinita, mas finalmente consegui colocá-la para dormir, com suas bochechas rosadas e um sorriso sereno. Fechei a porta do quarto com cuidado, respirando fundo.
Enquanto caminhava pelo corredor, ouvi um som baixo vindo do quarto que dividia com Alex. Assim que entrei, a cena que encontrei quase me fez explodir de tanto rir.
Lá estava ele, meu siciliano maluco, deitado na cama com uma cueca vermelha, uma espécie de gorro natalino na cabeça e uma arma na mão. A luz suave do abajur iluminava seu sorriso descarado. Analisei cada detalhe do seu rosto.
— Laura, feche a porta — ele ordenou com uma voz grave.
Ergui uma sobrancelha, cruzando os braços enquanto o encarava.
— Alex, eu prefiro evitar essa versão do Papai Noel, obrigada. Acho que não estou