Eu sussurro envolvendo meus braços em seu corpo confortando-a, eu sinto muito que ela tenha passado por isso, eu realmente sinto muito. Por fim, consigo que ela tome um banho e descanse um pouco, coloco suas roupas sujas na máquina de lavar.
- Bom dia dorminhoca. Eu digo para ela, quando percebo que abriu os olhos. Levo os pratos do almoço para mesa, pelo seu semblante, chorar fez-lhe bem. - Obrigada pela ajuda. Ela diz acomoda-se à mesa, seus cabelos estão completamente desarrumados no entanto, ela ainda consegue colocar um sorriso em seus lábios. - Disponha, acredito que teria feito o mesmo por mim. Eu digo, encaro-a suavemente, nas cidades por onde passei, fiz poucos conhecidos, nenhuma amizade como a dela, apesar de eu ainda tenha algumas dúvidas em relação a sua lealdade. - Sim. Ela diz para me firmemente. - Não transe com estranhos, muito menos drogada. Eu aviso-a. - O dia de ontem foi uma grande lição para mim. Ela diz sorrindo. - Coma, acredito que vai para casa depois do almoço. Eu digo deduzindo que seus pais estejam preocupados com ela. - Eu posso ficar aqui todo final de semana? Lidy pergunta e eu franzo o cenho curiosa, seus pais não irão sentir sua falta? Passar todo o final de semana fora sem aviso prévio é de matar qualquer pai aos poucos. - Seus pais? Eu pergunto servindo um pouco de salada no meu prato. - Eles viajam muito. Ela esclarece! - Terá que ajudar-me com a organização da casa. Eu digo enquanto sento-me à mesa. - Combinando Lidy diz, ela é uma adolescente muito agitada, espaçosa, tagarela e princesa do pai. Entretanto, ela tem um bom coração, os dois dias que estive com ela demostrou muita humildade. Nossas classes sociais são diferentes, nem por isso ela tratou-me mal, ou reclamou do meu apartamento, adaptou-se ao meu meio e acomodou-se rapidamente. Antes de ir à escola tive que deixar Lidy em sua casa para mudar de roupas, enquanto isso, passei da cafeteria para pedir meu pequeno almoço e fazer a minha marmita do almoço. Rapidamente, saio da cafeteria em direção à escola, preciso imprimir alguns trabalhos escolares para entregar ao professor. Fecho a porta do meu carro com um pé, pois as minhas mãos estão sobrecarregadas com uma pasta do meu macbook, uma lancheira e o meu café expresso. Telefone. Resmungo, levo meu café para a mão esquerda superlotada fazendo-me ficar desequilibrada enquanto caminho em direção ao corredor, assim que alcanço meu telefone no bolso do vestido, meu corpo colida com algo forte fazendo-me desequilibrar em câmara lenta, meu corpo cai com tudo no chão, provocando a sensação maravilhosa de dor. - Isso doeu. Eu resmungo gemendo, meu pulso, meu tornozelo, meu bumbum, ardem de dor. - Penny? Penny, respire. Lidy diz para mim, mas, meu corpo continua em estado de choque. - Eu não sinto meu pulso. Eu digo ofegando de dor. Abro os meus olhos lentamente, a primeira imagina que vejo é Lidy com os seus cabelos loiros. - Estou vendo duas de você. Eu sorrio, esfrego meus olhos com a mão direita por alguns segundos, o que aconteceu? - Tudo bem? Eu ouço uma voz masculina que desconheço, quando abro meus olhos novamente grito de pavor, impulsivamente afasto-me dele assustada. - Respira Penny. Travis diz. - Eu derramei meu café nele, meu dia começou muito, muito pior do que imaginava. Eu resmungo para Lidy entre os dentes. Isso é mau. Isso é mau. Muito mau. Travis, aproximasse novamente de mim, fazendo meu corpo inteiro estremecer de pavor. Ele transmite a porra de uma vibração ruim. Caralho. Ele é um psicopata. - Eu sinto muito por esbarrar em você e sujar sua camisa. Eu digo arrastando-me para longe dele cada vez que ele aproximasse de mim, seus olhos encaram-me confuso, seu peito sobe e desce rapidamente, seus olhos negros, não estão mais negros, eles parecem avermelhados, suas veias estão levantadas, exibindo a cor verde delas.