o que vocês querem

CAPÍTULO 4

PENNY

 

 

- Respira, respira.

Solto uma respiração profunda, voltando ao normal, abro os meus olhos.

- Quer matar-me de susto?

Lidy grita colocando sua mão no coração.

- Fala baixo.

Eu resmungo levantando-me do chão, como eu vim parar aqui?

- Como consegue andar?

Lidy pergunta olhando-me nos olhos desconfiada. Pego uma toalha para cobrir meu corpo frio.

- Usei uma técnica antiga, o gelo acelera a cicatrização dos meus ferimentos internos.

Eu argumento.

- Isso é o oposto, gelo causa infecção.

Ela diz, claramente desconhece o assunto.

- Não. Isso acontece quando a ferida foi causada por algo infecioso, geralmente ele ajuda a estampar o sangramento evitando uma infecção.

Ela precisa aprender muito mais sobre isso, essas técnicas são usadas por lutadores, assassinos e pessoas que alguns problemas de saúde.

- Quando desejar auto matar-se avisa-me para chegar um pouco mais tarde.

Ela debocha.

- Eu passei dos limites desculpa por assustá-la.

Eu digo derrotada, olho para suas malas, ela disse que ia levar algumas roupas, não assaltar seu armário.

- São algumas peças de roupas, relaxa.

Ela balança os ombros justificando-se, ela arrasta suas malas para o quarto, este apartamento é tipo um, pode parecer grande por causa da forma como organizei tudo. Mais não é.

Minha cama está entre a minha sala, ao abrir a porta principal. é visível minha cama entre o porta livros e os sofás da sala, minha pequena cozinha divide o mesmo espaço.

O espaço que seria o meu quarto serve de banheiro e o meu closet, desse modo, é mais fácil encontrar as coisas sem desorganizar tudo.

- Melhor adicionar um armário.

Eu resmungo procurando pelo meu pijama para vestir.

- Gostei das suas tatuagens.

Lidy diz olhando para elas, minhas costas estão cobertas delas.

- Obrigada, sério que não há nenhum problema em você ficar aqui comigo?

Eu pergunto novamente para certificar-me disso.

- Papai deixou, em troca de tirar melhores notas.

Ela argumenta. Sempre papai, e a sua mãe? Nunca ouvi ela mencioná-la.

- Eu pago o jantar.

Ela diz empolgada.

- Se você o diz.

Eu digo, abro meu macbook depois de acomodar-me no sofá com um balde de pipocas doces, abro o e-mail que professor Cossa enviou-me, encontrando  uma ficha da próxima matéria que será prática.

- O que você está fazendo?

Lidy pergunta acomodando-se ao meu lado.

- Estudando.

Eu respondo a sua pergunta.

- Eu posso estudar com você?

- Claro que pode.

 Eu respondo à pergunta de Lidy, a nossa noite foi longa e divertida, Lidy, com certeza é uma garota extraordinária.

- Porque finge estar com dor?

Lidy pergunta-me vendo-me cochar, hoje calço um par de sapatinhas pretas confortáveis, na minha mão pego a camisa limpa do Travis, quanto mais rápido terminarmos com isso muito melhor para todos, desse modo eu livro-me deles.

- Eles não precisam saber que estou muito bem.

Eu respondo-a olhando para ela, deixando bem claro para ela manter sua boca fechada.

- Isso é meio diabólico.

Ela diz fazendo uma cara de nojo.

- Eles merecem.

Eu digo sorrindo.

Sim, se ela soubesse o quanto sou má, fugiria de mim. Lentamente, caminho onde seus carros estão, como de costume, eles gostam de sentar em cima das suas máquinas exibindo sei lá o quê.

- Quer um cigarro?

Cage pergunta, dou um passo para trás ao vê-los descer de cima do seu capô do carro.

- Não obrigada. Vim entregar-te sua camisa e desculpar-me pelo incidente de ontem.

Eu digo erguendo o meu braço que segura o cabide pelo dedo facilitando a entrega.

- Cheira a porra de muitos químicos.

Travis diz reclamando.

- Produtos para lavagem de roupas.

Eu esclareço.

- Lave com a porra da sua mão, usando apenas sabão.

Travis diz, sério? Ele é mais louco que eu imaginava porra.

- Eu não tenho tempo para lavar a mão, sem mencionar que é muito trabalhoso e cansativo fazer tudo de novo.

Eu resmungo um pouco irritada com a sua maluquice, atualmente existem tantas lavandarias, porque eu devo perder meu tempo lavando a porra da sua camisa como se ela fosse a coisa mais especial do mundo.

Psicopata maníaco.

- Você ofereceu-se para lavar.

Travis diz justificando-se. Ergo minha sobrancelha, encarando-o. Ele está divertindo-se com toda essa situação, seus lábios curvam um sorriso diabólico e divertido.

- Eu não vou lavar a mão...

Sou interrompida pela Katie.

- O que ela está fazendo aqui?

Ela pergunta aos berros, suspiro profundamente cansada disso, viro a porra do meu rosto para olhar para Katie que está ao meu lado, enfurecida.

- Entregando-o sua camisa.

Eu digo.

- Por que ela está com a sua camisa?

Katie pergunta, ela arranca o cabide das minhas mãos, levando para a porra do seu nariz.

- Essa porcaria cheira flores.

Ela diz jogando a camisa no chão de seguida pisa como se fosse uma louca.

- Lave de novo sem a porra das flores.

Katie diz j**a a camisa no meu rosto.

- Tudo bem.

Eu digo, abro um sorrido enquanto seguro a camisa com força, pego duas pontas, em seguida rasgo usando toda a raiva que sinto.

- Ei....

Travis grita enfurecido. Jogo a porra da camisa no chão, olhando bem nos seus olhos para ver a sua reação, piso a camisa limpando poeira dos meus sapatos.

- Problema resolvido, se tiver mais alguma requisição para as demandas da sua camisa, faça-o pessoalmente.

Eu digo virando o meu corpo dando-lhe as costas.

- O que foi aquilo? Ele estava imaginando como matar você com os olhos.

Lidy diz soltando uma gargalhada dócil.

-Não consigo lavar minhas roupas a mão, imagine lavar uma camisa branca para satisfazer a loucura de um louco? Nunca.

Eu digo reclamando, as pessoas abrem passagem para nós enquanto ri de nós.

Franzo a testa desconfiada, ainda é muito cedo para brincadeiras de muito mau gosto.

- Pelos vistos eles encontraram seu novo brinquedo de estimação.

Lidy diz sorri sarcástica, reviro os olhos irritada, merda isso é muito mau. No meu armário, grita vadia em letras maísculas da cor de batom vermelho.

- Ei Penny.

Camila diz, antes mesmos de virar o rosto recebo um soco na minhas bochechas fazendo cair meus óculos, alguém prende minhas mãos por trás das costas deixando-me supostamente imobilizada.

- Pegamos nosso peixinho fora da água.

Milena diz sorrindo, mordo minhas bochechas até sangrar para camuflar meu nervosismo, ela golpea-me com um soco no meu estômago fazendo-me arfar, para uma vadia ela tem a porra de um punho forte.

- Fique longe dos nossos homens entendeu?

Camila diz, se Katie está lá fora isso significa que seu bando está aprontando alguma coisa, nesse caso tentando brincar com a porra da minha sanidade.

- Eles são todos seus, eu não me importo com que vadias eles descarregam os seus espermas para aliviar a porra da sua tensão.

Eu digo sorrindo da sua cara.

Camila ergue sua mão com força, sua irritação é evidente nos seus olhos, novamente, recebo um soco no meu estômago fazendo meu corpo inteiro estremecer.

- Pelo seu bem, espero que tenha ouvido o nosso conselho.

Milena diz jogando-me no chão, elas pisam no pé propositalmente, forçando-me lembrar da porra da minha dor.

Vadias.

- Eu vou comprar uma fábrica inteira de gelo.

Lidy debocha.

- Lidy?

Eu digo.

- Oi.

Ela responde.

- Arranco sua cabeça se por acaso lançar outra piada sobre a minha condição física.

Eu alerto-a.

- Eu vou me lembrar disso, consegue levantar-se?

Ela pergunta e eu balanço minha cabeça positivamente, expiro fundo duas vezes antes de levantar-me do chão.

- Droga, seu lábio sangra.

Lidy diz num tom de preocupação, toco meu lábio inferior brevemente, olho para os meus dedos cobertos de sangue, droga em poucos dias meu rosto estará cheio de hematomas.

- Vamos para enfermagem.

Ordena Lidy. Enquanto ela segura minha mão guiando-me para a sala de enfermagem.

- Você de novo?

A enfermeira pergunta.

- Sim.

Eu respondo.

- Provocou os Royal? Eles são os únicos que quando cismam com alguém, a pessoa pede transferência ou desaparecido para sempre.

Eu digo, eu ergo minha sobrancelha, isso seria muito mal para mim, não estavam nos planos sofrer bully na escola e ser odiada por mulheres loucas.

Aguente firme Penny, ainda é cedo para rebelar-se.

- Desta vez foram as vadias.

Lidy faz um comentário desnecessário, estremeço de dor quando ela limpa o meu lábio.

- Essas eu as conheço de cor.

A enfermeira diz, tiro sua mão dos meus lábios, esse álcool arde como a porra de um inferno.

Ergo o meu olhar para as figuras monstruosas que estão paradas na entrada da sala, com um aceno de cabeça a enfermeira sai da sala deixando-nos sozinhos.

- O que vocês querem?

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