Cold
O dia estava prestes a amanhecer quando me preparava para sair da Pedreira rumo a uma tentativa ousada de conseguir a grana que eu precisava. Não que eu não tivesse a minha grana. Eu tinha, claro. Mas precisava de mais, muito mais.
O ar da madrugada indo embora era pesado, cheio de tensão espalhada por cada célula do meu corpo. Era um plano ousado, com um risco enorme. Essas paradas nunca são fáceis, e sempre pode dar alguma merda.
Perto do portão da minha casa, traguei o cigarro devagar, soltando a fumaça para o alto enquanto deslizava os dedos pelo celular. Meu coração estava acelerado, mas minha expressão permanecia fria.
O barulho de passos se aproximando fez meus olhos desviarem do telefone. Era o MT.
— Vai fazer essa loucura mesmo? — Ele perguntou, se encostando ao meu lado.
Mantive meus olhos nos seguranças que nos observavam à distância antes de se afastarem, respeitando meu espaço.
— Qual foi, MT? Caiu da cama hoje?
— Claro, acordei cedo pra ver de perto se você ia mesmo