G4
A mão da Thayla tá fria, ela realmente deve ter bebido mais do que tá acostumada, se é que já bebeu antes.
Entramos no carro, dou partida.
— Você vai me levar pra onde? — ela pergunta assustada.
— Só vamos sair daqui, ou você quer que sua tia saiba que você tá bêbada dentro do carro comigo?
— Não estou bêbada!
Dou risada.
— Tá bom! Não tá bêbada, mas bebeu um pouco além da conta, aliás, vocês três, né?
Ela não responde nada.
Acelero o carro e paro em frente à minha casa. Não à casa dos meus pais, mas em uma das casas que são minhas.
— Por que você parou aqui?
— Sei lá, aqui você pode descer, tomar um café, uma água, e esperar melhorar um pouco.
Ela me olha em dúvida.
Destravo o alarme do portão e entro com o carro.
Estaciono e desço. Ela também.
— Você mora aqui?
— Só durmo às vezes. Vem, vamos entrar! — Puxo a mão dela.
— Eu já estou melhor, quero ir pra casa! — ela fala sem se mover do lugar.
— Não vai! — falo. — Tá longe da sua casa! — Nós nos olhamos fixamente — E eu não quero