Vai ficar aí escondida?...
Gustavo
Assim que o carro desapareceu pelos portões da mansão, o silêncio tomou conta do ambiente. Só restava eu… e ela.
Fiquei alguns segundos observando a expressão da Lívia, que até então estava contida mas alerta. Ela entrou mas não me olhava diretamente e fingia estar distraída, mas eu percebia o desconforto.
Dei alguns passos lentos em sua direção como um predador que mede a presa. O som dos meus sapatos contra o piso ecoava na sala vazia. Ela deu um passo para trás, instintivamente, e isso só fez o sorriso surgir nos meus lábios.
– Não precisa ficar tão nervosa. Agora somos só eu e você.
Ela continuou a me ignorar e respondeu de forma firme.
– Gustavo… não inventa.
Continuei me aproximando até que ela encostou na parede próxima a escada. Apoiei uma das mãos na parede, perto de sua cabeça, cercando-a, enquanto com a outra mão toquei de leve sua cintura. Senti a respiração dela acelerar.
– O problema é que você me provoca, Lívia. E eu não sou homem de deixar provocações, passare