Não vou pegar leve...
Jaqueline
Era bem cedo, quando a luz suave da manhã infiltrou as cortinas do meu quarto. Despertei aos poucos sentindo o calor reconfortante do corpo do Alexandre, encaixado ao meu. Os braços dele me envolviam com naturalidade, como se pertencer aquele abraço fosse algo que o corpo dele já soubesse fazer.
Eu não me movi de imediato. Em silêncio observei o rosto dele e a serenidade com que ele dormia. Os traços firmes, a linha do maxilar perfeitamente desenhada, os lábios relaxados e os cabelos pretos que caiam displicentes sobre a testa. Ele parecia em paz e belo demais. Senti meu peito se apertar, com um misto de temor e carinho. Gostava de tê-lo ali, de acordar com ele ao lado e sentir que ao menos por algumas horas estivemos juntos de verdade.
Me deixei levar por um devaneio silencioso, imaginando como seria uma vida ao seu lado. Desejei tê-lo como o pai dos meus filhos. Mas logo a realidade me tocou como um sopro frio. Até agora tínhamos vivido vários momentos incríveis, mas um fu