Não seja teimosa...
Alexandre
Acordei com um barulho estranho, abafado, vindo do banheiro. Em segundos, percebi que a cama estava vazia e meu coração disparou. Levantei de supetão e corri até lá. A visão me paralisou: Jaqueline estava sentada no chão frio, encostada ao lado do vaso sanitário, o rosto pálido, os cabelos caindo pelos ombros.
– Amor… Me ajoelhei ao seu lado com o coração pesado de preocupação.
– Foi culpa dos sonhos… eu exagerei na madrugada. Fez mal, mas daqui a pouco eu vou ficar bem.
Eu segurei suas mãos, frias e passei o braço em volta dela, ajudando-a a se levantar.
– Você está gelada, coelhinha. Falei, tentando manter a calma, mesmo sentindo um aperto no peito.
Jaqueline lavou a boca, depois o rosto, deixando a água escorrer devagar, e voltou para mim com aquele jeitinho teimoso.
– Agora estou melhor. Era só o que faltava, né? Eu virar uma criança gulosa passando mal…
– Melhor ou não, vou te levar ao médico.
– Não precisa, Alexandre. Foi só o doce. Já passou.
Cruzei os braços, e fale