Minha irmã...
Jaqueline
O silêncio entre nós era preenchido apenas pelos sons sutis da cidade ao longe. Deitada sobre o peito do Alexandre, eu senti a respiração dele marcando um ritmo calmo em meu ouvido. Um dos meus braços repousa sobre o peitoral dele, enquanto meus dedos traçaram preguiçosamente os contornos, como se eu pudesse decorar cada traço.
Eu gostava de observá-lo assim, em estado bruto e relaxado. O CEO firme, sempre prático e focado, dava lugar a um homem de expressão serena, com um sorriso nos lábios, os olhos fechados e o braço entrelaçado ao redor da minha cintura. Era um contraste encantador. Era impossível não me perder nos traços marcantes do seu rosto. A linha da mandíbula, a barba bem feita, os cílios longos e negros.
Queria que o tempo parasse. Ficar ali sem interrupções e sem relógios.
Mas o incômodo começou a se formar no meu ventre. Primeiro uma pontada sutil, que eu tentei ignorar. Depois uma fisgada mais insistente. A cólica, não foi surpresa, mas havia algo diferente e