Jaqueline

– Boa noite, Gustavo Nolasco.

Alexandre respondeu ao Gustavo num tom irritado. Levou uma colher de sobremesa até a boca, mastigando com insatisfação. Gustavo fixou seus olhos cor de mel em mim por alguns segundos até retornar ao Alexandre. Helena percebeu o clima de animosidade entres eles e resolveu quebrar o clima.

– Você é o Gustavo Nolasco, filho do Edgar Nolasco?

Edgar inclinou-se levemente para mais perto da mesa, apoiando a mão no encosto da minha cadeira, num gesto casual mas carregado de intenção.

– O próprio. Então a senhora conhece meu pai?… disse com um sorriso pretensioso cravado nos lábios, enquanto seu olhar buscava o meu, ignorando propositalmente o Alexandre.

– Meu falecido esposo trabalhou por muitos anos em uma das empresas do seu pai.

– Meu pai sempre me falou que tinha funcionários leais. Imagino que seu marido estivesse nesse seleto grupo.

Alexandre ainda com a colher na mão, pousou-a lentamente no prato, sem tirar os olhos do Edgar arqueando a sobra