Caleb
O hospital nunca foi um lugar que eu suportasse, mas naquela noite ele parecia o próprio inferno. As luzes brancas, o barulho dos passos apressados, o som dos monitores... tudo me deixava mais tenso. Pamela estava lá dentro, desacordada, e eu não podia fazer absolutamente nada além de esperar.
Eu ainda sentia o cheiro do perfume dela nas minhas mãos. Quando eu a peguei no colo no escritório, ela parecia tão frágil, tão leve, que me deu um pavor que eu nunca tinha sentido antes. Meu coração estava disparado, e a cada segundo que passava sem notícia, era como se o chão se abrisse mais um pouco.
Andei de um lado pro outro no corredor, completamente perdido. Uma enfermeira passou e tentou me acalmar, dizendo pra eu respirar, mas como é que eu ia respirar sabendo que ela tava lá dentro, inconsciente?
Eu só conseguia lembrar da expressão dela antes de desmaiar — o jeito como tentou sorrir, mesmo sentindo dor. Aquilo ficou preso na minha cabeça.
Quando o médico finalmente saiu da sala,