Pamela
A primeira coisa que eu vi quando abri os olhos foi o rosto do Caleb. Ele tava ali, sentado do meu lado, com o olhar cansado, o cabelo bagunçado e a expressão de quem não pregou o olho nem por um segundo. Quando eu mexi a mão, ele levantou na hora, como se tivesse tomado um choque.
— Pamela… amor, graças a Deus. — Ele segurou minha mão com força, e os olhos dele marejaram. — Você desmaiou no trabalho, eu achei que fosse perder você.
Tentei falar, mas minha garganta tava seca, e minha cabeça latejava.
— O que aconteceu? — sussurrei. — Eu lembro de uma dor, e depois… nada.
Ele respirou fundo, passando a mão no rosto.
— O médico disse que sua pressão caiu. Mas você me deu o maior susto da minha vida.
Olhei em volta. O quarto era branco, com aquele cheiro típico de hospital que eu sempre odiei. Tinha um monitor ao lado da cama e um soro ligado no meu braço.
Eu ainda me sentia fraca, mas o pânico que via no rosto dele me fez tentar parecer mais forte.
— Eu tô bem, Caleb. Só preciso